O desporto é como um ponto num holograma que carrega em si toda a sociedade, mas também a sua singularidade: o jogo, cujo perigo de degenerar em violência é controlado pelo árbitro. O mesmo se passa com a democracia, controlada pelo voto. Qualquer sistema vivo democrático vive à beira do perigo. A própria democracia carece do sistema que lhe permite impedir que um partido totalitário tome o poder. É certo que estamos num mundo onde a violência delirante está em crescendo, e é curioso que o desporto não esteja envolvido nisso. Não jogamos bombas nos estádios. “Edgar Morin ama o desporto porque traz alegria ao “povo”. Ele conhece o júbilo dos estádios, principalmente do Maracanã. Mas é como sociólogo que nos dá a sua análise crítica do fenómeno desportivo. Incansável lutador pela causa dos oprimidos, o pensador da complexidade expressa-se aqui na ideologia da performance, do culto à juventude e da identidade nacional. Perante uma lamentável visão económica e social, que pode fazer do desporto uma alienação, Edgar Morin lembra que uma das características fundamentais do ser humano é ser Homo Ludens, o homem do lúdico.
EPISTEMOLOGIA E SOCIEDADE|FEIRA DO LIVRO
O DESPORTO CONTÉM NELE O TODO DA SOCIEDADE
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O desporto é como um ponto num holograma que carrega em si toda a sociedade, mas também a sua singularidade: o jogo, cujo perigo de degenerar em violência é controlado pelo árbitro.
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