«… Que sabemos de nós próprios, hoje? Muito pouco ainda. Todavia, é claro que o cérebro direito é um cérebro activo. Uma metade da nossa relação com o mundo foi, até agora, negligenciada pela maior parte dos intelectuais do Ocidente, ou, em todo o caso, mal apreciada. É possível dizer que a compreensão de toda a vida intelectual, social e cultural será modificada (pelas descobertas que irão realizar-se neste domínio) Entre nós e os outros primatas não existem apenas degraus, mas sim um inultrapassável abismo…» «O Ocidente (ou seja, a Grécia, Descartes, a Renascença, o mecanicismo e os computadores, tudo o que designamos por racionalidade) escolheu dar prioridade ao hemisfério esquerdo. O Japão e a Índia fizeram, muito provavelmente, uma outra escolha. É, sem dúvida, o hemisfério direito que explica a meditação, o Zen, a busca de uma extrema concentração da mente, as atitudes (para nós estranhas) perante a morte, os modos de relacionamento entre as pessoas O cérebro humano observa o próprio cérebro humano…» Georges Suffert, Le Figaro, Março, 1995 «… Que os progressos do conhecimento do cérebro humano anunciam uma grande revolução é, hoje, uma opinião largamente partilhada. Que a chave central desta revolução passa pelo estudo da assimetria desse cérebro é, contudo, uma ideia menos expandida. O professor Lucien Israel encontrou, nas especificidades de cada um dos nossos cérebros, direito e esquerdo, revelações e segredos suficientemente fortes para o levarem a abandonar, durante um bom período de tempo, a sua especialidade – a cancerologia – para se dedicar a uma reflexão que ultrapassa, largamente, a medicina e a biologia, e se expande para a pedagogia, a estética, o ordenamento do território ou a política A exploração das civilizações e das culturas, em busca dos respectivos lugares dos cérebros direito esquerdo no Ocidente como no Oriente, levou o professor Israel a empurrar cada um deles, do anónimo para o político, do médico para o artista, a ter em conta esta conformação em dois cérebros cujos laços são ainda bastante misteriosos. O autor é, também, conduzido a propor soluções, favorecendo o equilíbrio, rompido em proveito do cérebro esquerdo do Ocidente, apoiadas por convicções bem delineadas, sobre a educação das crianças como a arquitectura, a violência e o respeito pelo ambiente. Se as suas prescrições não são sempre seguidas, como o autor pretende, não será por razões ideológicas; ele apenas pretende chamar a atenção dos seus leitores, para estes dois cérebros, e incitá-los à reflexão sobre um assunto apaixonante.»
DESENVOLVIMENTO E PSICOLOGIA|||EPIGÉNESE
CÉREBRO DIREITO CÉREBRO ESQUERDO
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«… Que sabemos de nós próprios, hoje? Muito pouco ainda. Todavia, é claro que o cérebro direito é um cérebro activo.
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